A aplicação da inteligência artificial na área médica está mudando a cada dia que passa, especialmente na área da genômica, onde foram feitos avanços. A Cerebras e a Clínica Mayo colaboraram para lançar um modelo revolucionário baseado no genoma que visa utilizar tecnologia de IA e computação de alto desempenho para melhorar a pesquisa genômica e a medicina personalizada. O modelo traz uma nova esperança para o tratamento de doenças como a artrite reumatóide com o seu potencial de precisão diagnóstica e seleção personalizada de tratamento, e espera-se que melhore significativamente a experiência de tratamento do paciente.
No campo da saúde, a combinação de inteligência artificial (IA) e genómica atingiu um novo marco emocionante. Recentemente, a Cerebras colaborou com a Clínica Mayo para lançar um modelo revolucionário baseado no genoma na Conferência Médica J.P. Morgan em São Francisco. O modelo visa aproveitar a tecnologia avançada de IA e a computação de alto desempenho (HPC) para avançar no desenvolvimento da genômica, especialmente na medicina personalizada.
Este novo modelo genômico concentra-se na melhoria da precisão do diagnóstico e na seleção personalizada do tratamento, com aplicações iniciais no tratamento da artrite reumatóide (AR). O tratamento desta condição apresenta frequentemente desafios clínicos, exigindo que os médicos passem por um processo de tentativa e erro para encontrar a medicação certa para cada paciente. Os métodos tradicionais de testes genéticos muitas vezes concentram-se apenas em marcadores genéticos individuais, tornando difícil prever com precisão a resposta de um paciente ao tratamento.
O modelo foi treinado com base em dados que combinavam os ricos dados de exoma de pacientes da Mayo Clinic com dados de referência do genoma humano disponíveis publicamente. Esta abordagem é diferente dos modelos treinados usando apenas um genoma de referência. A Cerebras afirma que seu modelo baseado no genoma superou significativamente um único modelo de genoma de referência na classificação de variantes genéticas usando dados de 500 pacientes da Mayo Clinic. A equipe espera que, à medida que mais dados de pacientes forem adicionados, a precisão do modelo melhore ainda mais.
A Cerebras e a Clínica Mayo afirmaram que o desenvolvimento de modelos genômicos que antes levavam anos para ser concluído agora pode ser bastante acelerado por meio de treinamento e personalização na plataforma Cerebras AI. Matthew Callstrom, chefe de radiologia da Clínica Mayo, enfatizou o potencial transformador deste modelo de IA, observando que a tecnologia pode ajudar os médicos a tomar decisões de tratamento com mais rapidez e precisão, reduzindo assim a carga física dos pacientes.
Além de lançar novos modelos genômicos, a equipe também projetou novos benchmarks para avaliar o desempenho do modelo em capacidades clinicamente relevantes, como a capacidade de detectar doenças específicas a partir de dados de DNA. Isto preenche a lacuna em que os atuais parâmetros de referência públicos se concentram principalmente na identificação de elementos estruturais, como regiões regulamentares ou funcionais.
Diz-se que o modelo base genômico da Mayo Clinic demonstra precisão de última geração em diversas áreas principais: precisão de 68% a 100% em benchmarks de AR; precisão de 96% nas previsões de suscetibilidade ao câncer. A precisão da previsão do tipo é de 83; %. Natalia Vassilieva, diretora de tecnologia de campo da Cerebras, disse que o novo modelo é excelente na previsão das propriedades funcionais e regulatórias do DNA, ao mesmo tempo que revela associações complexas entre variantes genéticas e condições médicas.
O lançamento bem-sucedido deste modelo genômico baseado em IA marca um passo fundamental na medicina de precisão. No futuro, com o avanço contínuo da tecnologia e a acumulação de mais dados, espera-se que este modelo desempenhe um papel importante no diagnóstico e tratamento de mais doenças, proporcionando aos pacientes uma melhor experiência médica e planos de tratamento mais precisos.